Erros comuns na dispensação de medicamentos controlados

Erros comuns na dispensação de medicamentos controlados


Os erros mais comuns durante a dispensação dos medicamentos controlados envolvem a atenção do dispensador. Ao aviar o receituário, temos que nos atentar aos dados da prescrição. Mas não é só isso, precisamos levar em consideração, uma legislação que deve ser respeitada, a Portaria n° 344/98 em seu art.36 trata justamente como o receituário deve ser validado. São eles:

  • Sigla da Unidade da Federação;
  • Identificação numérica – a sequência numérica será fornecida pela Autoridade Sanitária competente dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
  • Identificação do emitente – nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional com a sigla da respectiva Unidade da Federação; ou nome da instituição, endereço completo e telefone;
  • Identificação do usuário – nome e endereço completo do paciente, e no caso de uso veterinário, nome e endereço completo do proprietário e identificação do animal;
  • Nome do medicamento ou da substância – prescritos sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismos arábicos e por extenso) e posologia;
  • Símbolo indicativo – no caso da prescrição de retinóicos deverá conter um símbolo de uma mulher grávida, recortada ao meio, com a seguinte advertência: “Risco de graves defeitos na face, nas orelhas, no coração e no sistema nervoso do feto“;
  • Data da emissão;
  • Assinatura do prescritor – quando os dados do profissional estiverem devidamente impressos no campo do emitente, este poderá apenas assinar a Notificação de Receita. No caso de o profissional pertencer a uma instituição ou estabelecimento hospitalar, deverá identificar a assinatura com carimbo, constando a inscrição no Conselho Regional, ou manualmente, de forma legível;
  • Identificação do comprador – nome completo, número do documento de identificação, endereço completo e telefone;
  • Identificação do fornecedor – nome e endereço completo, nome do responsável pela dispensação e data do atendimento;
  • Identificação da gráfica – nome, endereço e C.N.P.J./ C.G.C. impressos no rodapé de cada folha do talonário. Deverá constar também a numeração inicial e final concedidas ao profissional ou instituição e o número da autorização para confecção de talonários emitida pela Vigilância Sanitária local;
  • Identificação do registro – anotação da quantidade aviada, no verso,  de lote e laboratório, o número de registro da receita no livro de receituário.

Os principais erros da dispensação envolvem os dados relatados acima, falta de informações, data etc, porém temos erros envolvendo o manuseio de medicamento, como pegar errado no armário de controlados e dose diferente. Por tanto tenha um procedimento padrão ao dispensar qualquer medicamento, envolvendo principalmente o farmacêutico como validador final da operação, isso trará confiança durante as vendas.

Saber identificar os possíveis erros que são recorrentes durante a dispensação, montar um esquema de fluxo correto, e manter a equipe informada, ajuda a minimizar e até zerar os problemas relacionados à erros ao dispensar medicamento controlado, durante as vendas.

A organização do armário ajuda, pois o farmacêutico poderá separar os medicamentos por ordem alfabética, separando também por lote e laboratório, o que facilita na procura e diminuição de riscos. 

Na dúvida de qualquer informação que foi escrito no receituário, entre em contato com o prescritor, tire as dúvidas, nunca dispense sem certeza absoluta do serviço prestado, esse atendimento é muito importante e deve ser feito com cautela, respeitando a legislação.

Erros de dispensação podem configurar imperícia, imprudência ou negligência do farmacêutico e podem colocar em risco a saúde física ou mesmo psicológica do paciente além de poder gerar danos temporários ou permanentes. Vale lembrar que o farmacêutico pode responder administrativamente ao conselho de farmácia na esfera ética ou mesmo a processos legais na esfera civil ou penal. Por isso a importância da consciência e seriedade ao dispensar medicamentos na drogaria.

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