O que o brasileiro pensa da Farmácia

O que o brasileiro pensa da Farmácia

A farmácia pode (aliás, deve) desempenhar um papel mais relevante na vida do brasileiro quando o assunto é prevenção e manutenção da saúde. Quem faz a afirmação são os próprios cidadãos, cuja opinião foi corroborada em ampla pesquisa do Ibope, apresentada pela Abrafarma durante a segunda edição do Abrafarma Future Trends.

O principal objetivo do levantamento foi identificar a percepção do brasileiro a respeito da assistência farmacêutica nas farmácias e também sobre a importância do papel do farmacêutico.

Os resultados comprovam que a Abrafarma está no rumo certo ao projetar a farmácia do futuro, com a melhoria da oferta de produtos, serviços e conveniência, bem como maior acesso ao farmacêutico e aos serviços clínicos que esse profissional pode oferecer. O estudo contemplou 2.002 pessoas em 143 municípios.

Os resultados servirão de parâmetro para o projeto da entidade de implementar o modelo de assistência farmacêutica avançada, que prevê oito novos serviços a serem prestados nas redes associadas, desde a imunização até clínicas de autocuidado. De acordo com os resultados, esses novos serviços serão muito bem recebidos pela população.

Para 53% dos entrevistados, a farmácia seria um local ideal para esclarecer dúvidas e se aconselhar sobre os medicamentos que estão utilizando; 51% realizariam exames preventivos para várias doenças e 48% aceitariam receber um programa de tratamento e acompanhamento para parar de fumar.

O Ibope revela: estabelecimentos e farmacêuticos podem ser protagonistas na prevenção e manutenção da boa saúde trevistados”, analisa Márcia Cavallari Nunes, CEO do Ibope Inteligência.

Em relação ao uso de vários medicamentos, 48% dos entrevistados pediriam ajuda do farmacêutico sobre a melhor forma de organizar todo o tratamento, atitude que é explicada por alguns entrevistados ao dizerem que esse auxílio é importante para aqueles que tomam muitos remédios e não conhecem seus efeitos.

Para eles, o farmacêutico, nesse cenário, poderia tirar essas dúvidas. Um total de 46% ainda aceitaria receber materiais educativos e relatórios de perspectivas acompanhamento, enquanto 43% têm interesse em tomar vacinas na farmácia.

O acompanhamento e avaliação do tratamento junto com o farmacêutico seriam adotados por 41% dos entrevistados, a fim de saber se os medicamentos estão operando o efeito esperado ou causando algum efeito colateral; 36% aceitariam receber um programa de tratamento e acompanhamento para emagrecimento e gerenciamento do peso; e 34% procurariam aconselhamento e tratamento para sintomas e mal-estares de baixa gravidade.

Vínculo com o farmacêutico Embora a proposta de incremento da assistência farmacêutica tenha sido bem recebida, mais da metade dos entrevistados afirmou não ter nenhum envolvimento com o farmacêutico.

Apenas 42% falam com o farmacêutico na maioria das vezes que vão à farmácia, apesar de 45% acreditarem que esse profissional está sempre acessível.

“A distância deste profissional para o consumidor é abismal. Precisamos mudar esse panorama e parar de relegá-lo à função de entregar caixinhas de medicamentos. Mais do que valorizá-lo, vamos contribuir para desafogar o sistema público de saúde e assegurar a milhões de brasileiros um acompanhamento médico mais digno”,endossa Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma.

A Lei nº 13.021/14 já permite ao farmacêutico exercer esse papel, mas a necessária regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda está pendente. Saúde dos brasileiros No levantamento do Ibope, 20% dos entrevistados declararam possuir alguma doença crônica. A hipertensão e o diabetes são os males mais comuns, alcançando 37% e 24% dos pacientes, respectivamente.

No entanto, a falta de atitude em relação aos tratamentos é motivo de atenção. Mais da metade – 53% – confirmou não seguir à risca as recomendações médicas, sendo que 22% costumam não concluir o tratamento. O principal obstáculo, apontado por 30%, é o preço do remédio, seguido pela dificuldade de retornar ao médico por fatores relacionados a custos e filas de espera (26%).

“Esse índice só corrobora a luta histórica e permanente da Abrafarma pela redução da abusiva carga tributária sobre os medicamentos. Menos impostos levarão a uma diminuição natural de preços, o que facilitará o acesso da população a um tratamento de saúde eficaz e ininterrupto”, avalia Barreto.

“A distância deste profissional (farmacêutico) para o consumidor é abismal. Precisamos mudar esse panorama e parar de relegá-lo à função de entregar caixinhas de medicamentos. Mais do que valorizá-lo, vamos contribuir para desafogar o sistema público de saúde e assegurar a milhões de brasileiros um acompanhamento médico mais digno”

Sérgio Mena Barreto, presidente executivo da Abrafarma

FONTE: ABRAFARMA (Revista número 5 – Dezembro / 2015 ) 

 

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